É com alegria que apresento essa nova série de estudos e a coloco à disposição dos irmãos. Uma compilação seria sobre um tema tão importante para a igreja.
Nosso objetivo ao escrever uma série de estudos sobre o pecado é levar ao conhecimento da igreja um assunto por vezes esquecido e, quando falado, quase sempre muito mal-entendido.
Como crentes em Jesus, temos que entender muito bem o que é o pecado, sua essência, sua origem, sua fonte e suas consequências. Não segundo a opinião de um homem, mas segundo o ensino das Sagradas Escrituras.
Ao preparar esses estudos, meu coração não deixa de pensar como seria esse mundo sem o pecado e, ao mesmo tempo, não deixa de ficar triste por ver que esse nunca foi o ideal de Deus para o homem.
O mundo que vemos hoje é uma caricatura daquilo que um dia foi criado. Deus não fez o homem para viver no pecado e nem o pecado foi criado por Deus.
Nesta lição, você vai aprender um pouco sobre a maior tragédia da humanidade.
João Nunes Santana
Texto bíblico para leitura: 2 Co 10. 4,5
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus para destruir fortalezas, anulando sofismas …”
1. Introdução
O que é o pecado? Muitas pessoas, e até muitos crentes, têm uma ideia vaga a respeito do pecado. Ao terminar essa série de estudos, você descobrirá que a ideia social, a ideia superficial, a ideia cultural e a ideia medieval são conceitos errados que devem ser evitados em nosso pensamento.
2. O conceito social
Para essas pessoas, o pecado é um ato mau, e apenas isso. Pode ser contra alguém ou contra o conjunto todo da sociedade, por isso, diz-se que esse é um conceito puramente social. Por exemplo, pensar que o furto, o estupro, a corrupção, o aborto são deslizes, acidentes ou infelicidades de uma sociedade ainda subdesenvolvida. Na base deste conceito está a ideia de que o pecado é uma coisa apenas humana e natural e traz danos apenas à sociedade.
3. O conceito superficial
Esse é outro conceito amplamente falado sobre o pecado. Eles dizem que o pecado é somente uma fraqueza humana, uma limitação do caráter, dizem que o homem erra devido a não saber como fazer melhor, sendo algo sem importância porque trata apenas de uma coisa acidental e involuntária.
4. Conceito medieval
Para muitos, a ideia do pecado não passa de uma ideia ultrapassada, medieval e primitiva. Coisa de pessoas ignorantes e sem estudos, crença de fundamentalistas e ensino de pastores para levar cativas pessoas simples. Esse pensamento é muito comum em universidades e nos meios acadêmicos.
5. Conceito cultural
Esse conceito procura relativizar o problema do pecado. Segundo esse conceito, cada povo, cada civilização e cada religião têm as suas ideias sobre o pecado e aquilo que é pecado para um povo, pode não ser para outro e, portanto, o pecado não pode ser considerado fora do fator cultural de cada povo.
6. Conceito desfocado (Mt 12. 1-8 e 23. 4)
Já no tempo de Jesus havia grupos fundamentalistas que pregavam que tudo era pecado e, portanto, colocavam um fardo pesado sobre os ombros dos homens que eles mesmos, nem com um dedo, os moviam. Há grupos que proíbem atividades no sábado, porém Jesus falou que ele mesmo trabalha no sábado e é o Senhor do sábado (Jo 5:16-18). Conceito desfocado, e aquele que ensina que uma coisa é pecado, quando, na verdade, não o é.
7. Perguntas
a. Fale sobre o conceito social do pecado.
b. Fale sobre o conceito superficial do pecado.
c. Descreva o conceito cultural do pecado.
d. Fale sobre o conceito desfocado do pecado.
Texto bíblico para leitura: Gn 1.26-31
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem e conforme a nossa semelhança e domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre todo o gado, sobre toda a terra e sobre todo o réptil que se move sobre a terra …”
1. Introdução
Neste estudo, você vai descobrir que o homem foi criado à imagem de Deus, foi feito com natureza reta e boa para ter comunhão com Deus e com livre-arbítrio. O nosso objetivo neste estudo é entendermos a origem do homem para sabermos como o pecado entrou no mundo e que Deus não fez o homem assim como o vemos hoje.
2. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus
O homem não foi criado pecador. Ele foi feito à coroa da criação de Deus, e Deus havia dito que tudo era “muito bom”. Para a Bíblia, o homem não é um animal desenvolvido, mas uma pessoa criada à imagem e semelhança de Deus. Nenhuma outra criatura recebe essa designação, por isso, cremos que o homem é um ser especial. Lemos em Gn 1.28, que Deus criou o homem e os abençoou. “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”
3. O homem foi criado com natureza reta — (Ec 7. 29)
Adão não foi criado apenas inocente do pecado, mas também com natureza reta. Sua inclinação e desejos eram santos porque não havia mácula de impureza em seu coração e estavam em pleno equilíbrio e sintonia com a vontade de seu Criador.
4. O homem foi criado com livre-arbítrio — (Gn 2.16,17)
Adão não foi criado como um robô em que Deus aperta um botão e ele obedece. Isso seria um relacionamento forçado. Deus não é ditador. O homem nasceu para ser livre, para escolher e para tomar decisões. Esse é o atributo mais mal usado pelo homem, porque ele decide coisas contra ele mesmo.
5. O homem foi criado para ter relacionamento com o seu Criador — (Gn 3.8)
Esse texto indica que Deus visitava o homem com frequência. Deus fez o homem para ter amizade, comunhão e ter relacionamento diário com o homem que havia criado. O homem foi criado para ter amizade, coleguismo e para andar junto daquele que o criou. A quebra desta amizade com Deus gerou no coração do homem um sentimento de vazio e grande falta de significado em sua existência.
6. O homem foi criado para dominar — (Gn 1.26)
“Domine ele”. Nesta pequena frase, entendemos que o propósito original do criador nunca foi criar um ser pequeno e desprezível, antes, sua intenção foi de criar uma pessoa grande para dominar, governar e conduzir. Alguém já disse que o homem é a coroa da criação. Portanto, o ser humano que temos hoje é muito diferente daquele propósito original que estava no coração do nosso criador.
7. Perguntas
a. O que significa dizer que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus?
b. Como era a natureza original do homem?
c. Por que afirmamos que o homem tem livre arbí trio?
d. Qual é o propósito original do homem?
Texto bíblico para leitura: Gn 3.1-6
“Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito.”
1. Introdução
O que é a tentação? A tentação vem do verbo tentar, que quer dizer provar, experimentar e testar. A tentação em si não é pecado. Ceder à tentação, sim, é pecado. Todos os homens são tentados e até Jesus foi tentado. Algumas verdades sobre a tentação.
2. Por que duas árvores no jardim? (Gn 2.9,16,17)
O que representam essas duas árvores? Representa o arbítrio. Deus não nos fez como robôs, ele fez o homem livre para escolher e tomar decisões daquilo que ele quer para sua vida. A mensagem era simples: se eles decidissem pelo bem, viveriam; se escolhessem o mal, morreriam.
3. Qual é a fonte da tentação? (Gn 3.1)
A serpente, que naquele momento devia ser um animal bonito, foi o agente usado por satanás que já tinha sido lançado fora do céu antes da criação do homem, segundo (Ez 28.13-17; Is 14.12-15). Por essa razão, Satanás é descrito como a antiga serpente (Ap 12.9).
4. Como se aproxima o tentador? (Gn 3. 1-5)
Sutileza é conhecida como uma das principais características da serpente. Ele espera que a mulher esteja só, e então:
a. Ele pergunta (v.1) — “Não comereis de toda árvore do jardim”? Aqui ele lança dúvidas na bondade de Deus.
b. Depois, se coloca como conselheiro (v.4) — “Certamente não morrereis”.
c. Finalmente, ele torce a palavra (v.5) — Aqui ele coloca dúvidas na santidade de Deus, dando a entender que aquela proibição era porque Deus não queria que eles fossem como Deus.
5. Perguntas
a. O que é tentação?
b. Por que duas árvores no meio do jardim?
c. Qual é a fonte da tentação?
d. Descreva a sutileza do tentador.
Texto bíblico para leitura: Gn 3.6; 1 Jo 2.16
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto e comeu.”
1. Introdução
O que vem a ser a queda do homem? Esse é um termo usado para descrever o momento em que acontece o pecado. Nesta lição, queremos entender todo o processo que envolve a queda do homem.
2. A concupiscência da carne — (Gn 3.6b)
“E vendo a mulher, que aquela árvore era boa para comer”. Concupiscência é o desejo da carne por coisas materiais ou prazeres sensuais, como luxúria, ganância por dinheiro, poder ou bens. Após ouvir as palavras da serpente, Eva olha para a árvore e sente o desejo ardente para comer do fruto proibido.
3. A concupiscência dos olhos — (Gn 3.6b)
“… agradável aos olhos”. E o desejo desordenado e despertado pelo que se vê . O fruto era bonito, belo e agradável à vista, daí surge o desejo ardente por algo que era proibido. Outro caso aconteceu com Davi que, ao contemplar Bate-Seba, deixou o olhar se tornar desejo e depois pecado (2 Sm 11).
4. A soberba da vida — (Gn 3.6)
“Uma árvore desejável para dar entendimento”. Soberba da vida e a orgulhosa confiança em si mesmo e nas coisas do mundo.
(1) Orgulho por uma posição — A busca por reconhecimento e superioridade diante dos outros. A serpente havia dito que eles seriam como Deus, conhecendo o bem e o mal.
(2) Autossuficiência — Condição de se bastar, não precisar de ajuda externa. Viver como se não dependesse de Deus.
(3) Ostentação — Exibir bens, conquistas ou títulos para afirmação pessoal.
5. O pecado gerado — (Gn 3.6)
“Tomou do seu fruto e comeu, e também deu ao seu marido e ele comeu com ela”. Após o desejo (concupiscência), o pecado á concebido, ou seja, realizado. (Tg 1.15).
6. O pecado, sendo consumado, gera a morte — (Gn 3.7)
“Então foram abertos os olhos de ambos e conheceram que estavam nus; coseram folhas de figueira e fizeram para si aventais”. Os olhos abertos falam do choque com a nova realidade absolutamente diferente da que eles viviam. Aquela veste de pureza, santidade e inocência já não existia mais. (Tg 1.15)
7. Perguntas para discussão:
a. O que seria a concupiscência da carne nos dias de hoje?
b. O que seria a concupiscência dos olhos para nós hoje?
c. Como se manifesta a soberba da vida hoje?
d. Será que Eva, mesmo depois da concupiscência, poderia decidir não tomar do fruto proibido?
e. O que representa os olhos abertos de ambos após comerem do fruto proibido?
Texto bíblico para leitura: Gn 3.8-24
“… Até que tornes a terra, porque dela fostes tomado; porquanto és pó, e em pó te tornarás… v.19”
1. Introdução
Neste estudo, vamos aprender quão grave é o pecado diante de Deus. Aqui vamos aprender que não foi possível para o homem desobedecer a Deus e continuar usufruindo dos privilégios da presença de Deus no jardim. Veja o julgamento imediato:
2. Sobre a serpente — (v. 14,15)
“Portanto, fizeste isto, maldita, serás mais do que todas as feras e mais do que todos os animais do campo, sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida.” Todas essas palavras indicam que a serpente um dia foi bela criatura. Mas, porque foi um instrumento usado para a queda do homem, se tornou um animal amaldiçoado e degradado entre todos os animais que Deus criou.
3. Sobre a mulher — (v. 16)
“E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição (parto); com dores darás luz a filhos, e o teu desejo será para o teu marido e ele te dominará.” O pecado tem arruinado todos os relacionamentos, especialmente no casamento. Por muitos anos, e ainda em muitos países, a mulher é praticamente uma escrava do homem, e é muito triste a realidade do cumprimento desta maldição.
4. Sobre o homem — (v. 17-19)
“E a Adão disse: portanto, deste ouvido à voz da tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida… com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará”.
a. Maldita é a terra por causa de ti (v. 17) — A natureza que temos hoje não é do mesmo jeito que foi criada. A Terra, de certa forma, é um ambiente hostil com enchentes, furacões, tormentas e terremotos, tsunamis, vulcões e tantas outras coisas terríveis.
b. Com dor, comerás dela todos os dias da tua vida (v. 17) — Com sacrifício, terá que produzir a sua própria manutenção.
c. Espinhos e cardos (v. 18) — Todo trabalho é espinhoso, especialmente o trabalho do campo.
d. Do suor do teu rosto comerás o teu pão (v. 19) — Terá que produzir o próprio sustento.
e. Porquanto és pó e ao pó tornarás (v. 19) — esta é a pena de morte.
5. Perguntas
a. Fale sobre o julgamento da serpente.
b. O que mais lhe chama a atenção sobre o julgamento da mulher?
c. O que mais lhe chama a atenção sobre o julgamento do homem?
d. Será que é possível pecar e escapar do julgamento?
e. O que mais chamou sua atenção neste estudo?
Texto bíblico para leitura: Gn 3. 21-24
“E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu…”
1. Introdução
O criador poderia ter desistido do homem logo após o seu ato de desobediência. Mas, ele veio no dia seguinte, aplicou o julgamento imediato e fez a promessa de redenção. Neste estudo, vamos aprender sobre o conceito de redenção.
2. A redenção prometida — (Gn 3.15)
“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
a. E porei inimizade entre ti e a mulher — A serpente tenta fazer uma aliança com a mulher contra Deus, mas Deus quebrou essa tentativa.
b. E entre a tua semente e a sua semente — Em outras palavras, haveria uma luta constante entre a humanidade e os poderes das trevas que lhe causaram a queda. Qual seria o resultado deste conflito?
c. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar — A vitória da humanidade através do representante da humanidade, a semente da mulher. Cristo, a semente da mulher, veio ao mundo para quebrar o poder do diabo.
3. A redenção retratada — (Gn 3. 21)
“E o SENHOR Deus fez roupas de peles de animais para Adão e a sua mulher, se vestirem.”
a. Aqui Deus sacrifica uma criatura inocente para vestir o homem que estava nu aos seus olhos por causa do pecado.
b. Da mesma forma, o Pai entregou seu filho, o inocente, à morte para prover a roupa espiritual necessária para a alma do homem.
4. Perguntas
a. Descreva a redenção prometida.
b. Descreva a redenção retratada.
c. O que mais lhe chama atenção neste estudo?
d. Será que é possível cobrir-se com folhas de figueira, como fez o homem? (Gn 3.7)
e. Fale da diferença entre a roupa feita pelo homem e a roupa feita por Deus?
Texto bíblico para leitura: 1 Jo 3.4
“Qualquer que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei.”
1. Introdução
As pessoas que têm uma ideia vaga sobre o pecado, pensam assim por não conhecerem a Palavra de Deus. Neste estudo e nos seguintes, vamos aprender sobre o que a Bíblia fala sobre o pecado. Portanto, o que você vai aprender não é ideia de homens, mas de Deus.
2. O pecado já estava no universo — (Gn 3.1)
Lemos que “a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor Deus tinha feito…”. Não se sabe quando, mas alguns dizem que a queda de Lúcifer ocorreu há muito tempo antes de Adão, outros afirmam que foi logo após a criação do homem. O fato é que, antes da queda de Adão, o pecado já estava no universo e foi pela tentação que nossos pais pecaram. Leia também Ap 12.9.
3. O pecado entrou no mundo por Adão — (Rm 5.12)
Temos escrito que “por um homem (Adão) o pecado entrou no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Embora já existindo entre os anjos, entre os homens, o pecado foi introduzido por Adão e tornou-se herança genética em todos os seus descendentes.
4. O pecado é sempre contra Deus — (Gn 2. 16, 17)
Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. E de grande importância entender que o pecado é a desobediência a uma ordem de Deus para o homem. Mesmo que o homem peque contra seu irmão, essa ofensa é sempre direcionada contra Deus.
5. Há mudança na atitude de Deus — (Gn 3. 8-24)
Vemos claramente uma mudança na atitude de Deus para com Adão e Eva. Com Deus não se brinca. Muitas pessoas escarnecem da palavra de Deus, pensando que ele só está fazendo uma ameaça, mas que de fato nada vai acontecer. Lendo esse texto acima, nota-se claramente sua reprovação, condenação, maldição e finalmente expulsão do jardim do Éden. Deus odeia o pecado, embora ame o pecador.
6. O pecado é universal — (Ec 7. 20; Rm 3. 10,23)
Muitos versículos da Bíblia ensinam que o pecado é universal. Isto quer dizer que o pecado se estende a todas as pessoas. O texto de Eclesiastes afirma que “não há homem justo sobre a face da terra, que faça o bem e que não peque”. A universalidade do pecado é evidente nas experiências diárias. Precisamos de leis. Uma promessa não basta. Precisamos de contratos. Portas não são suficientes. Precisamos de fechaduras e grades. Há muito mais que poderíamos dizer, porém, isso nos basta para mostrar que o pecado é universal.
7. O pecado é natural — (Jr 17.9)
Certo homem contou que, quando moço, as pessoas da igreja sempre lhe diziam que devia odiar o pecado. “Odíalo?”, pensava ele, “eu o amo”. Vem a mim “naturalmente”.
8. O pecado não é um ato involuntário de transgressão
Um ato de pecado é a expressão de um coração depravado. O pecado sempre deve incluir a perversidade do coração, da mente, da disposição e da vontade. A palavra “depravação” significa ausência de tudo aquilo que é bom e agradável a Deus.
9. Perguntas
a. Cite as seis verdades que a Bíblia fala sobre o pecado.
b. Por que cremos que o pecado já estava no universo?
c. Como o pecado entrou no mundo?
d. Em que sentido o pecado é universal e natural?
Texto bíblico para leitura: Rm 3.23
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;”
1. Introdução
Muitas são as características do pecado, mas nesta lição vamos estudar apenas seis delas. Ao término deste estudo, você poderá identificá-las como sendo: (1) errar o alvo; (2) desgarramento; (3) desregramento; (4) iniquidade; (5) rebelião e (6) incredulidade.
2. O pecado como errar o alvo — (Rm 3. 23)
O Novo Testamento Vivo traduz o texto acima da seguinte maneira: “Sim, todos pecaram; todos fracassaram e não puderam alcançar o glorioso ideal de Deus”. A ideia contida nestas palavras é a de que o pecado é errar o alvo. O homem é como um arqueiro que atira sua flecha e erra o alvo. Pelas nossas próprias forças, jamais satisfaremos as exigências de santidade estabelecidas por um Deus absolutamente santo.
3. O pecado como desgarramento — (Is 53.6)
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas cada um se desviava pelo seu caminho”. Desgarrado significa desviado ou extraviado. O pecado faz o homem andar por caminhos que não são os caminhos que Deus estabeleceu para ele, e esses caminhos lhe parecem direitos, mas são os caminhos da morte (Pv 14.12). Todo pecador é uma ovelha desviada ou extraviada do seu Criador.
4. O pecado como desregramento — (1 Jo 3.4)
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei”. Desregramento significa se afastar da regra ou da ordem estabelecida. A outra palavra para desregramento é desordem. Gosto de usar a palavra desordem porque ela expressa muito bem o interior do coração do homem. A desordem é tal que, mesmo que o homem aprove a lei de Deus, ele não consegue vivê-la, porque o coração vai em direção oposta. (Rm 7.19-22).
5. O pecado como iniquidade — (Mc 7. 21-23 e Jó 15.5)
A palavra iniquidade significa natureza perversa, má intenção e tem a ver com as nossas motivações mais profundas. Jesus disse que de dentro do coração dos homens procedem os maus desígnios, prostituição, furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba e a loucura.
6. O pecado como rebelião — (Hb 3.7-10)
Todo pecado é uma forma de rebelião. E a intrusão da vontade própria na esfera da autoridade divina. É a preferência do “eu” em lugar de Deus. É a substituição de uma vida para Deus com uma vida para si mesmo. Rebelião é um pecado contra o autor e mantenedor da vida do homem.
7. O pecado como incredulidade — (I Jo 5. 10)
É dito que a incredulidade é o pecado dos pecados porque é a desconfiança na Palavra e na pessoa do próprio Deus. E, segundo João, toda vez que desconfiamos de Deus, o chamamos de mentiroso. Neste sentido, a incredulidade significa desconfiança e desprezo à credibilidade, à honra e à veracidade de Deus. Ou seja, você está dizendo que Deus não é digno de sua confiança. Por isso, a incredulidade é uma afronta à veracidade de Deus.
8. Responda:
a. Em que sentido o pecado é errar o alvo?
b. Em que sentido o pecado é desgarramento?
c. Em que sentido o pecado é desregramento?
d. Em que sentido o pecado é iniquidade?
e. Em que sentido o pecado é rebelião?
f. Por que a incredulidade é tida como o pecado dos pecados?
Texto bíblico para leitura: Is 59.2
“Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”
1. Introdução
O pecado é uma tragédia, é uma avalanche, é um cataclisma. Por isso, suas consequências são igualmente devastadoras e de previsões indescritíveis. Nunca brinque com o pecado. Nesta lição, vamos estudar algumas dessas terríveis consequências.
2. Alienação — (Is 59.2; Rm 6.23)
Uma das piores consequências do pecado é a alienação ou a separação do homem e do seu Deus. O pecado separa o homem de Deus porque Deus, sendo justo e santo, não pode tolerar o pecado. Enquanto o homem permanece no pecado, não pode aproximar-se de Deus. Isaías afirma no texto acima que “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós”. A ideia da alienação é muito mais profunda do que uma simples separação; a alienação tem o sentido de inimizade também. Paulo afirma que “o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo o pode estar”. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. (Rm 8.7-9).
3. Escravização — (Jo 8.34)
O pecado não só aliena o homem, mas também escraviza. Jesus, no texto acima, declara que “… todo o que comete pecado é escravo do pecado”. Existem muitas pessoas que vivem sob a tirania do orgulho, do ciúme, do álcool, do fumo, das drogas, da mentira, da prostituição, da avareza, da violência e do ódio. O pecado se torna um senhor da pessoa, controlando sua vontade, fazendo com que o homem seja um escravo. Por isso, por si só, o homem não tem condição de se libertar da escravidão do pecado. O homem precisa de um salvador.
4. Ofuscação — (2 Co 4.4)
A Bíblia afirma que o pecado não só aliena e escraviza o homem, mas também faz com que o homem fique ofuscado pelo pecado. Esta ofuscação pelo pecado está confirmada no texto acima quando diz que “… o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. Ofuscar tem o mesmo sentido de tornar cego ou criar uma cegueira de tal modo que a pessoa não consegue ver a gravidade de seus atos perante Deus. Outro fato importante é que essa cegueira é causada pelo deus deste mundo, o diabo. Ele leva o homem a pecar e quanto mais ele peca, mais cego fica.
5. Turvação — (Ef 4.18; I Co 2.14)
A ideia de turvação é a de escuridão ou obscuridade. Por isso, a turvaça o descreve bem essa outra consequência do pecado. Paulo afirma no texto acima que os crentes “não vivam mais como os não salvos, pois eles estão cegos e confundidos. Seus corações fechados estão cheios de trevas; eles estão muito distantes da vida de Deus porque fecharam a mente contra ele e não podem compreender seus caminhos”.
O pecado contaminou totalmente a vida humana, obscurecendo a inteligência, enfraquecendo a vontade e corrompendo as emoções.
O homem não vê as coisas como Deus as vê. O homem chama o preto de branco e o branco de preto, e não sabe mais a diferença entre o bem e o mal. O pecado afetou e continua afetando o entendimento do homem.
6. Sofrimento em cadeia — (2 Sm 12.13-15)
Além da alienação, escravização, ofuscação e turvação, o pecado traz sofrimento para outras pessoas inocentes. Existem muitos exemplos na Bíblia de pessoas inocentes sofrendo em consequência do pecado de alguém. No texto acima, vemos a desestruturação da família de Davi após seu pecado com Bete-Seba.
7. Dá ocasião para a blasfêmia — (2 Sm 12.14)
Quando todos os animais do campo sofrem por causa da seca, os abutres sempre saem ganhando. O mesmo princípio sempre ocorre quando um crente peca. O fato é que os inimigos do Senhor sempre se regozijam e tripudiam sobre a desgraça de um homem caído.
8. Responda:
a. De que forma o pecado aliena o homem?
b. Como o pecado escraviza o homem?
c. Como acontece a ofuscação do pecado?
d. O que é a turvação do pecado?
e. Como o pecado dá ocasião para a blasfêmia?
Texto bíblico para leitura: Ap. 20.14,15
“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.”
1. Introdução
Todas as consequências do pecado já estudadas são terríveis. Mas esta última é a mais terrível de todas, é a condenação. A condenação do pecado é a morte, e a ideia da morte tem três aspectos:
2. A morte física — (Rm 5.12; Hb 9.27)
Em Romanos temos: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram”. Conforme citado também no livro de Hebreus: “e assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, e vindo depois disso o juízo”. O sentido da palavra “morte” aqui é de morte física.
3. Morte espiritual — (Ef 2.1,5)
A morte espiritual é entendida biblicamente como a separação devido ao pecado. É um estado de desconexão da fonte de vida e de comunhão com o criador. O texto sagrado acima diz: “E vos vivificou estando vós mortos em ofensas e pecados”. Esse estado de morte é explicado melhor nas palavras de Paulo: “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, estranhos às alianças das promessas e sem Deus no mundo” (Ef 2.12).
4. Morte eterna — (Ap 21.8)
Neste texto, a morte eterna é a separação definitiva e irremediável de Deus. Sendo a consequência final do pecado uma punição que não permite a salvação ou o arrependimento. Os que permanecem na incredulidade, rejeitando a Cristo, serão enviados para o lago de fogo, onde sofrerão o castigo eterno por rejeitarem a Cristo e amarem mais o pecado. Veja também (Ap. 20.14,15).
5. Perguntas
a. O que é a morte física?
b. Como a morte física entrou no mundo?
c. O que é a morte espiritual?
d. Há alguma solução para a morte espiritual?
e. O que é a morte eterna?
f. Por que não há solução para a morte espiritual?
Texto bíblico para leitura: At 2.37,38
“E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?”
1. Introdução
Sem a convicção de pecado, uma pessoa jamais poderá ser salva em Jesus. A necessidade desta convicção é grande, pois, se alguém não sentir que é um pecador perante Deus, nunca procurará a salvação em Jesus. Antes de alguém buscar a salvação em Jesus Cristo, deverá sentir que é um pecador.
2. Convicção de pecaminosidade — (Rm 3.23)
O texto acima diz que: “todos pecaram; todos fracassaram, e não puderam alcançar o glorioso ideal de Deus”. Por isso, à luz da pureza e santidade de Deus e de tudo o que Ele é, todo o mundo deve ter a convicção de que é pecador. A convicção de pecado sempre inclui a consciência da pecaminosidade à luz da lei e da Santidade de Deus.
3. A convicção de alienação — (Is 59.2)
A luz não convive com as trevas — (II Co 6.14) e João afirma que Deus é luz e n'Ele não há trevas nenhuma — (I Jo 1.5). Se Deus não pode tolerar o pecado em sua presença, isto significa que o homem precisa reconhecer que está separado de Deus devido aos seus pecados. Para ter essa convicção, precisamos saber que o homem não tem capacidade de restaurar essa relação que foi quebrada. Como um doente deve sentir necessidade de um médico, antes de procurá-lo, também o pecador precisa sentir a necessidade de um Salvador.
4. A convicção de pecados particulares — (Is 6.5)
Isaías teve a convicção dos pecados da língua. Zaqueu teve convicção dos pecados de extorsão (Lc 19.8). Esses são exemplos de erros ou pecados específicos. Os pecados específicos procedem da natureza pecaminosa do homem. Quando uma pessoa não sente convicção de seus pecados específicos, está dizendo que não precisa do Salvador, logo, não tem como a salvação de Jesus operar em sua vida.
5. A convicção de que encobrir é o pior caminho — (Pv 28.13)
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará”. Encobrir é acobertar, esconder e jogar para debaixo do tapete. Já a palavra “prosperar” fala de fartura, abundância e riquezas, de paz, de cobertura e vida. Parafraseando o texto acima, teríamos: “a pessoa que esconde e não resolve o seu pecado com Deus nunca vai experimentar a riqueza e a fartura de perdão que há em Deus por Jesus Cristo”. (Ef 2. 4-8).
6. A convicção de que confessar e deixar é o melhor caminho (Pv 28.13b)
Tiago afirma que o pecado deve ser confessado para sermos curados (Tg 5.16). A vida no pecado não é boa para o homem e só lhe traz dores, sofrimentos e angústias. Embora haja certo prazer no pecado, sua alegria dura pouco e o homem logo percebe que não vale a pena, pois seu preço é muito alto: a morte. Mas é necessário que o homem desperte, queira e deseje se ver livre deste terrível “senhor”. Por isso, precisa ter a convicção do benefício da confissão e do abandono do pecado. Leia também - At 2. 38.
7. Perguntas
a. O que é a convicção de pecado?
b. Por que uma pessoa que não tem convicção de pecado jamais poderá ser salva?
c. O que são pecados particulares?
d. Quais são as duas escolhas que tem uma pessoa com convicção de pecado?
Texto bíblico para leitura: Mt 12.31
“Portanto, eu vos digo: todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.”
1. Introdução
Esse tema já foi discutido na igreja e estudado em grupos. Entretanto, temos sentido a necessidade de torná-lo mais claro devido à sua importância para todos nós. Por isso, no término desta lição, você saberá dizer exatamente qual é o pecado imperdoável.
2. Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens (Mt 12. 31)
O que Jesus estaria dizendo? Primeiro, ele usa a palavra “todo”, dando a entender que as portas estão abertas para o pecador, uma vez que “todo” é uma expressão geral e abrangente. No livro de I Jo 1.9, está escrito que “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”. O fato é que sempre haverá lugar para um pecador que realmente, e de todo coração, busque no Senhor a solução para seu problema de pecado.
3. Mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada (Mt 12.31)
A palavra “blasfêmia” significa proferir palavras ofensivas, gestos ou atitudes insultuosas, irreverentes, agressivas, provocativas. Note que Jesus não cita um pecado específico, mas uma atitude de desrespeito ao Espírito Santo. E toda atitude de desrespeito e desprezo é uma blasfêmia contra o Espírito Santo e não será perdoada.
4. Se alguém disser uma palavra contra o Filho do Homem, isto lhe será perdoado — (Mt 12.32)
Todos nós já viramos as costas às palavras de Jesus e quantas vezes pecamos ao desobedecermos suas palavras, mas quando o Espírito Santo nos convence da gravidade do nosso erro, pedimos perdão e nos arrependemos do que fizemos, somos aceitos e perdoados e pela graça somos salvos (Ef 2.8).
5. Mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado, nem neste mundo e nem no vindouro (Mt 12.32)
Para entender o que Jesus está falando aqui, é preciso entender primeiro o trabalho do Espírito Santo. O trabalho do Espírito Santo é CONVENCER o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Não é Jesus e nem o Pai quem convence o homem do seu pecado, é exclusivamente o Espírito Santo.
Convencer é aquela voz no interior do coração falando que estamos errados, que pecamos e que precisamos confessar e deixar aquele caminho. Por isso, quando o homem resiste a esse apelo do Espírito, Deus fica de mãos atadas e não resta mais nada a fazer.
6. O pecado imperdoável
E aquele que a pessoa resiste à voz do Espírito Santo, lhe convencendo de que deve confessar, pedir perdão, aceitar a Cristo e ter paz com seu irmão. A essa atitude de resistência ao Espírito, Jesus chama de blasfêmia. O pecado imperdoável é o pecado escondido, secreto, inconfessado, que você até este momento resiste à voz do Santo Espírito. Como pode operar o plano de salvação sobre alguém que insiste em não deixar que o sangue do Cordeiro de Deus lhe purifique? Foi por isso que Jesus falou que para essa pessoa não haverá perdão.
7. Perguntas:
a. Qual é o trabalho do Espírito Santo?
b. O que é convencer?
c. Por que, quando o homem resiste à voz do Espírito Santo, não pode ser perdoado?
d. O que é blasfêmia?
Texto bíblico para leitura: Mt 25.41
“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos.”
1. Introdução
O que é o inferno? Existe de verdade? Muitas pessoas têm uma ideia vaga sobre esse tema. A ideia do inferno aparece de várias formas nas tradições religiosas, filosóficas e culturais. Nesta lição, queremos ver o que Cristo fala sobre esse tema em sua palavra. 2. Conceitos desfocados.
a. Islamismo — O Jahannam, e o castigo para o descrente e pecadores, havendo a possibilidade de remoção de punição de alguns.
b. Judaísmo — Gehinnom, e o lugar de purificação temporária, e há quem defenda a ideia da justiça divina e o silêncio como punição eterna.
c. Espiritismo — O inferno como local físico onde as almas são punidas eternamente não existe. O sofrimento após a morte é o resultado das leis naturais e da condição espiritual do indivíduo.
d. Catolicismo — Nem todos que morrem em estado de graça vão direto para o céu; porém, eles dizem que há um purgatório para a purificaça o final de quem ainda precisa antes de entrar na beatificação.
e. Para a maioria das religiões, o inferno é visto como meta fora para o sofrimento psíquico, culpa ou consequência natural de ações prejudiciais, em vez de um lugar literal.
3. O que Jesus fala sobre o inferno?
a. O inferno como lugar de separação de Deus (Mt 25:41) — Jesus o descreve como o destino dos que rejeitam a Deus: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.”
b. Imagem do fogo eterno (Mc 9:47-48) — Ele usou a figura do fogo para mostrar sofrimento e destruição: “Se o teu olho te faz tropeçar, arranca-o; melhor é entrares no Reino de Deus com um só olho do que, tendo dois, ser lançado no inferno, onde o fogo não se apaga.”
c. Trevas e exclusão (Mt 8:12) — Jesus também falou do inferno como “trevas exteriores”: “E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.”
d. Irreversibilidade (Lc 16:19-31) — Ele contou a parábola do rico e Lázaro, mostrando que depois da morte a pessoa continua com sua essência, tendo conhecimento de si mesmo, mantendo memória e lembranças. Porém, neste lugar existe uma separação definitiva, não havendo espaço para arrependimento e nem como mudar de destino.
e. Um chamado ao arrependimento (Jo 10:10) — Toda vez que Jesus falou sobre o inferno, não foi para satisfazer curiosidade, mas como alerta: uma advertência para que as pessoas buscassem a salvaça o nele, pois Ele veio exatamente para salvar os homens desse destino. “… Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.”
4. O que podemos aprender?
a. Jesus apresenta o inferno como um lugar real, de sofrimento consciente, separação eterna de Deus, preparado originalmente para o diabo e seus anjos, mas que também será o destino daqueles que rejeitam a graça de Deus.
b. Se não existe o inferno, podemos perguntar: por que Jesus morreu na cruz, se a vida humana se acaba com a morte? Por que todo aquele sacrifício para salvar de quê? Por que todo o esforço para levar a mensagem de salvação se não haverá uma prestação de contas final? Leia — Hb 9.27.
5. Trabalho escolar
a. Faça uma pesquisa na igreja sobre o que as pessoas acham sobre o inferno.
b. Depois, faça uma pesquisa com pessoas não crentes sobre o que elas acham do inferno.
c. Finalmente, faça uma comparação das opiniões colhidas.
d. E depois, pontue a posição de Jesus sobre esse tema.
Acabamos de estudar um dos assuntos mais importantes da Bíblia. Esperamos sinceramente que tenha marcado e influenciado sua vida a valorizar mais o que Jesus ensinou, fez e continua fazendo por nós.
Neste sentido, gostaríamos de saber qual é a sua impressão sobre cada tópico estudado.
O que mais chamou a sua atenção sobre:
1. Os conceitos errados sobre o pecado?
2. A origem do homem
3. A tentação
4. A queda do homem
5. O julgamento imediato
6. A redenção
7. O conceito bíblico do pecado
8. As características do pecado
9. As consequências do pecado
10. A condenação
11. A necessidade de convicção do pecado
12. O pecado imperdoável
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearlman
Bíblia Dake - Editora Atos
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